REBRANDING DA LAY’S
A Lay’s, uma das marcas de batatas chips mais icônicas do mundo, acaba de realizar a maior mudança de sua identidade visual em quase 100 anos. A transformação vai muito além da estética: é uma atualização cultural e estratégica.
Em um mercado dominado por telas, o visual deixou de ser detalhe, passou a ser a primeira linguagem de conexão com o público.
O objetivo do rebranding é claro: rejuvenescer a marca, refletir tendências de design contemporâneo e reafirmar sua relevância na economia da atenção.
A reformulação da identidade visual da Lay’s foi desenvolvida a partir de extensas pesquisas de mercado e testes de percepção com consumidores de diferentes gerações. O resultado é uma marca que parece familiar, mas com energia totalmente renovada.
Entre as principais mudanças estão:
Esses ajustes parecem sutis, mas transformam completamente a forma como a Lay’s se apresenta: mais atual, mais leve e mais digital.
A mudança da Lay’s não é apenas estética, mas conceitual. A marca entende que o design hoje funciona como um sistema de significado, não apenas como decoração.
Na era das redes sociais, o logotipo precisa se destacar em telas de poucos centímetros e ainda comunicar confiança instantaneamente.
Por isso, o novo visual foi pensado para funcionar tão bem em um post do Instagram quanto em uma prateleira física. O logotipo virou um símbolo de presença e consistência, traduzindo uma marca que quer permanecer reconhecida e amada em qualquer contexto.
A Lay’s não está sozinha nesse caminho. Grandes marcas globais, como Pepsi, Burger King e Nokia, também vêm apostando na “descompressão visual”: simplificar para se adaptar à saturação estética da era digital. Nesse novo paradigma, menos é mais. E a clareza se tornou um sinal de sofisticação e confiança.
O desafio é equilibrar o passado e o presente. A Lay’s faz isso mantendo suas cores icônicas, mas eliminando ornamentos que envelheciam sua imagem. O resultado é uma marca que mantém sua memória afetiva, mas fala a língua visual do agora.
Além da nova identidade visual, a Lay’s investiu em campanhas de comunicação integradas, alinhadas ao comportamento de um público cada vez mais digital.
A meta é reforçar o posicionamento como uma marca jovem, dinâmica e conectada, capaz de dialogar tanto com millennials quanto com a geração Z.
O rebranding, portanto, não é apenas um gesto de design. É uma decisão estratégica para sustentar a relevância da marca em um cenário competitivo, onde percepção e experiência visual definem preferência de compra.
A transformação da Lay’s mostra um ponto essencial: o design se tornou parte da estratégia de sobrevivência das marcas. Simplificar não é apagar história, é garantir que ela continue visível. Em tempos de excesso de estímulos e distrações constantes, o simples é o que comunica, e o claro é o que permanece.
O caso Lay’s sintetiza essa virada cultural: no século XXI, branding é design, e design é narrativa.
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